Os policiais federais decidiram manter a greve e recusaram o reajuste de 15,8%, divididos em três anos, a partir de 2013. Segundo o diretor de Estratégia Sindical da Federação Nacional dos Policias Federais, Paulo Paes, a proposta do governo não atende às reivindicações da categoria. A decisão foi tomada, após assembleia por teleconferência com os policiais federais e, com isso, a greve continua.
Os únicos serviços que estão sendo prestados são os de segurança de instalação, custódia de presos e emissão de passaportes emergenciais. Uma nova assembleia foi marcada para esta quarta, para decidir os rumos do movimento, que teve adesão de agentes, escrivães e papiloscopistas de todo o país.
Segundo documento divulgado pelo Ministério do Planejamento, os agentes federais reivindicam reajustes que variam entre 109,3% e 139,4%. O salário especial, para quem atingir o topo de carreira, passaria de R$ 11,8 mil para R$ 24,8 mil. A remuneração inicial subiria de R$ 7,8 mil para R$ 18,8 mil.
Os policiais federais pedem ainda o reconhecimento de suas atividades como de nível superior e que sejam observados para os salários critérios usados por outras entidades como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por exemplo.
O prazo dado pelo Executivo terminou nesta terça-feira, para que os grevistas aceitassem a proposta de aumento e assinassem os acordos. As categorias que não aceitaram a oferta do governo ficarão sem aumento em 2013.
Até o momento, três categorias aceitaram a proposta do governo: os servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos-administrativos universitários.
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