Investigação revela que Proteção de linhas de transmissão estava desligada durante apagão


As investigações do governo sobre as causas do blecaute que atingiu os estados do Nordeste e do Norte na semana passada mostraram que a proteção da linha de transmissão atingida não funcionou, porque estava desativada. Uma semana antes da ocorrência, a chave foi desligada para manutenção e não foi ligada novamente.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse em coletiva que a falha de não ativar a proteção não é normal, mas ocorre. Ele afirmou ainda que Existem testes funcionais para checar o serviço que foi feito, e esses testes não foram realizados, então a falha não foi identificada.  
A origem do problema ainda não foi identificada pelos técnicos do governo. Segundo Chipp, uma chave sofreu um curto-circuito e derreteu, porém não havia descargas elétricas no momento do blecaute.
Na madrugada da última sexta-feira (26), 100% do Nordeste e 77% dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão ficaram sem energia. O problema foi na linha de transmissão entre Colinas (TO) e Imperatriz (MA), que interliga os sistemas Norte/Nordeste ao Sul/Sudeste.
Chipp admitiu que a recomposição da energia foi demorada, e disse que aconteceram falhas diferentes nos três principais caminhos de recomposição. Segundo ele, o ONS está fazendo estudos para encontrar alternativas para a recomposição e superar os problemas encontrados. Para ele, o tempo máximo de recomposição deve ficar entre duas horas e duas horas e meia.
Foi o quarto problema de abastecimento de energia registrado no país em pouco mais de um mês. Segundo o ministro interino, a origem de todas as ocorrências está relacionada à proteção primária, mas as causas das falhas são diferentes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar o relatório feito pelo ONS e ver quais serão as ações e penalidades aplicadas aos responsáveis pela falha. Zimmermann anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (5), cerca de dez equipes de técnicos do governo vão visitar as principais instalações do sistema brasileiro para rever todos os procedimentos de segurança.

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