Para uma criança, sair com os amiguinhos desacompanhada dos pais ou fazer os deveres de casa sozinha pode significar independência; alguns jovens se consideram independentes quando conquistam o direito de votar e de trabalhar; já muitos adultos só se consideram independentes quando têm condições suficientes para sustentar a família e ajudar a comunidade onde vivem. Parece que, em cada estágio da vida, a independência se manifesta de uma forma diferente, não é mesmo? E uma coisa legal de a gente perceber é que exercer a cidadania (ter nossos direitos respeitados e cumprir nossos deveres) também é ser independente. Mas que tal falar agora da independência de um país? Vamos lá:

Brasil livre de Portugal
Principalmente na Semana da Pátria, no início do mês de setembro, é importante falar de independência. Afinal, foi em 7 de setembro de 1822, com o grito de "Independência ou morte" de D. Pedro I, que o Brasil se tornou um país livre do domínio português.
A historiadora Isabel Lustosa, autora do livro Histórias de Presidentes - a República no Catete, destaca que o Sete de Setembro coroou uma seqüência de fatos que já faziam do Brasil um país independente de Portugal. “O mais importante foi a decisão, tomada em junho de 1822 pelo príncipe regente D. Pedro e seu Conselho de Estado, de que se fizessem eleições para deputados para compor uma Assembléia Constituinte, no sentido de que o Brasil tivesse sua própria Constituição”, declara.
Mas, afinal, o que é ser um país independente?
Isabel tem a resposta na ponta da língua: Um país independente é aquele que tem total autonomia para cuidar de todas as coisas que acontecem nos limites geográficos de suas fronteiras. Ser independente é ser uma nação governada de acordo com o que foi definido pelo povo a partir de suas tradições ou convicções sem que o governo de qualquer outro país possa interferir. Ser independente é ser capaz de decidir sobre o regime político que lhe convém, sobre a maneira de organizar a administração, a economia, a política e as demais instituições sociais.
E o Brasil é plenamente independente?
Na opinião da historiadora, sim! Ele é um país com uma cultura própria, produto de sua história, que organiza sua vida interna de acordo com o que decidem os cidadãos brasileiros por meio de seus deputados e senadores, eleitos pelo voto direto em eleições livres.
E na área financeira? “O Brasil é um país com uma política econômica própria que, mesmo sendo guiada pelas regras do mercado, toma suas próprias decisões”, explica. E por fazer parte do corpo das Organização das Nações Unidas, a política externa do Brasil (relação do Brasil com os outros países) é orientada no sentido de preservar a harmonia entre as nações. “E mesmo essa alternativa é uma decisão do povo brasileiro através de seus governantes, escolhidos pelo voto direto em eleições livres”, conclui a professora.
As bandeiras de hoje
No início do século dezenove, a independência era uma bandeira fortíssima no nosso país. Muitos brasileiros, como Tiradentes e D. Pedro I, lutaram bravamente, guiados pela idéia fixa de livrar o Brasil do domínio português. Depois de o Brasil se tornar independente, as palavras de ordem já mudaram várias vezes, e hoje são outros os lemas que nos norteiam.
Fonte: EBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário