NOTÍCIA MAIS POLÍTICA: Michel Temer vê apoio na Câmara perder força após aprovação da Terceirização

Em menos de cinco meses, o presidente Michel Temer viu minguar o apoio na Câmara em votações prioritárias. Desde a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixou o teto de gastos por 20 anos, em outubro do ano passado, até a votação da terceirização, na semana passada, quase um em cada três deputados trocou de lado e optou pelo voto contrário ao desejo do governo.

Num intervalo de 162 dias, os humores mudaram. Em 11 de outubro, Temer foi prestigiado por 76,4% dos presentes no plenário e conseguiu uma expressiva vitória com 366 votos favoráveis (255 votos a mais do que a oposição) à PEC do Teto. Na última quarta-feira, a aprovação das novas regras de subcontratação de funcionários veio de maneira apertada: 232 votos sim e uma margem positiva de 44 deputados.

Na comparação das duas votações, houve uma queda de apoio de 29,5% entre os deputados. A pequena vantagem representou também que, apesar do número de maior de faltosos – 34 em outubro contra 85 na última quarta –, não há uma diferença de votos segura para garantir a aprovação da Reforma da Previdência.

Para aprovar uma PEC são necessários, no mínimo, 308 votos dos 513 deputados, em dois turnos.



Radiografia

O suporte a primeira medida econômica de Temer teve mais guarida do que a polêmica terceirização. Nenhum dos partidos aliados conseguiu entregar o mesmo percentual de votos.

Na PEC do Teto, nove das 26 bancadas votaram fechadas com o governo; na terceirização, apenas os nanicos PEN e PRP, que representam juntos apenas três deputados.

O PMDB – partido de Temer – que havia dado 100% de apoio ao governo em outubro, reduziu a contribuição em votos para 80% – houve 10 peemedebistas contra e uma abstenção. Nem os cinco ministérios do PSDB evitaram a queda de 100% para 74,4% – 11 votos contrários. Índice semelhante de rejeição vindo do PRB. No DEM, a queda foi de 95,8% para 62,5%. No PP, de 95,3% para 82,5%.

A oposição manteve coerência: PCdoB, Psol, PT e Rede votaram integralmente contra os dois projetos.

Articulação


O Palácio do Planalto identificou duas movimentações preocupantes: o apelo popular e falhas na articulação.

A pressão das ruas é vista como um fator que pode influenciar a oposição às novas regras de aposentadoria. O risco de derrota, inclusive, levou Temer a retirar servidores estaduais da Reforma da Previdência.

O presidente retomará o diálogo pessoal com a base aliada e exigirá mais resultados do ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).

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