A iniciativa surgiu após o presidente da rede, Dan Cathy, se pronunciar contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O executivo se tornou alvo de protestos por parte de ativistas gays, que propuseram um boicote à Chick-Fil-A. Em contrapartida, o ex-presidenciável e pastor batista Mike Huckabee, do Partido Republicano, convidou as pessoas que discordavam do casamento gay para comer sanduíches na Chick-Fil-A.
A partir daí, diversos líderes passaram a apoiar a ideia, como o evangelista Billy Graham. A postura de Graham favorável ao protesto levou outros líderes a se posicionarem a respeito. “Quando eu vi Billy Graham se posicionar em apoio ao Chick-Fil-A, reforçando o projeto glorioso de Deus para o casamento, eu sabia que deveríamos tomar essa atitude também”, declarou um dos lideres da Casa Internacional de Oração, Lou Engle.
Filas se formaram nos restaurantes da rede, e o movimento se tornou alvo da mídia norte-americana, que saiu às ruas para entrevistar os manifestantes: “Eu acredito no que a Bíblia diz (a respeito do casamento). Por isso eu vim aqui para apoiar Chick-fil-A e todo esse movimento”, afirmou Chauncy Campos, uma das clientes da rede.
O apoio ao movimento veio também de entidades que não estão ligadas à religião. O líder da ONG Project 21, voltada à defesa dos direitos dos cidadãos negros, afirmou que seu apoio se deu pelo motivo de os ativistas gays se posicionarem contra tudo e contra todos. “Eu acho que os liberais estão errando em um ponto vital no seu ódio cego ao Chick-fil-A. Ser contra o casamento gay não é ser anti-gay”, afirmou Demetrios Minor, num comunicado enviado à rede de TV Fox News.
Um pastor que aderiu ao movimento, Stphen Lenaghan, afirmou que o principal item do protesto estava na possibilidade de expressar pensamentos e ideias. “Eu acho que tudo se resume a uma questão de liberdade de expressão. Quero dizer, eu acredito nos valores tradicionais de casamento entre um homem e uma mulher”.
A empresa emitiu um comunicado em que atesta seu compromisso com os princípios bíblicos e sociais: “Chick-fil-A é uma empresa familiar decidida a servir as comunidades onde atua. Desde que Cathy Truett fundou a empresa, começamos a aplicar princípios bíblicos para gerenciar o negócio. A cultura e a tradição dos restaurantes Chick-fil-A é tratar cada pessoa com dignidade, honra e respeito, independentemente da sua crença, raça ou orientação sexual. Vamos continuar esta tradição em nossos mais de 1.600 restaurantes. Olhando para a frente, nossa intenção é deixar o debate sobre o casamento homossexual nas mãos do governo e da arena política”.
‘Beijaço Gay ’
Os ativistas gays preparam um movimento em retaliação ao protesto contrário ao casamento gay nos Estados Unidos. Entidades LGBT estão organizando manifestações em frente aos restaurantes da rede Chick-Fil-A, com um “beijaço gay” por parte dos ativistas, de acordo com informações do site Mix Brasil.
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