Projeto permite que mães transportem bebês no carro com segurança desde a saída da maternidade


Um projeto coordenado por um hospital e uma organização não governamental (ONG) garante que mães transportem seus filhos recém-nascidos em equipamentos veiculares de segurança desde a saída da maternidade.

Denominada Motorista Cegonha, a iniciativa é inédita no país, de acordo com seus organizadores, o Hospital Angelina Caron, sediado em Campina Grande do Sul (PR), e a ONG Instituto Paz no Trânsito. Mais de 90% dos atendimentos do hospital, que é privado, são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto consiste na entrega do bebê-conforto, equipamento indicado para o transporte de crianças até 1 ano de idade. Após esse período, as famílias trocam o bebê-conforto pela cadeirinha, adequada para crianças de 1 a 4 anos. Por fim, recebem o assento de elevação, destinado a crianças de 4 até 7 anos e meio. As futuras mães recebem os equipamentos como empréstimo, comprometendo-se a trocá-los e a devolvê-los conforme o crescimento de seus filhos.

Tanto os pais como as mães são treinados para usar os equipamentos do modo correto. Usar o bebê-conforto desde a primeira viagem é fundamental para que a criança já se acostume com o equipamento desde os primeiros dias. É uma contenção parecida com a do útero materno.

Christiane Yared fundou a ONG há cerca de dois anos, após seu filho, Gilmar Rafael Souza Yared, ter morrido em um acidente de carro, em maio de 2009. O então deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho, que estava em outro veículo, foi denunciado por homicídio pelo Ministério Público por dirigir alcoolizado e em alta velocidade. Ele renunciou ao mandato após o acidente e aguarda o julgamento em liberdade.

Equipamentos como o bebê-conforto e a cadeirinha chegam a custar de R$ 180 a R$ 300, ou mais. E nem sempre as famílias têm dinheiro para adquiri-los ou mesmo estão sensibilizadas para a necessidade do equipamento. 

Transportar crianças em veículo automotor sem observar as normas de segurança é uma infração gravíssima segundo o Código de Trânsito Brasileiro. A multa por descumprir as normas é R$ 191,54, e 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação. O cumprimento da Resolução nº 277 do Conselho Naciontal de Trânsito (Contran), que regula esse transporte, está sendo fiscalizado desde setembro de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário