As principais regiões que mantém a pecuária no estado são a oeste, envolvendo a região Tocantina, a Central e a do médio Mearim, onde os prejuízos são maiores. Em todo o estado, 80% da carne produzida são exportadas para outros estados, principalmente do Nordeste.
Só a região Tocantina tem 30% de todo o rebanho bovino do Maranhão. A queda do consumo gera prejuízos no campo que podem chegar a outros setores da economia regional, segundo pontuou Renato Pereira, presidente do Sindicato Rural de Imperatriz, MA. “É uma cadeia, onde todos os elos dela vão ser prejudicados. Os frigoríficos vão deixar de exportar. O preço para o produtor vai diminuir. É um efeito cascata, progressivo e se não for estancado logo essa sangria as consequências são imprevisíveis para a economia do nosso país”, disse.
Além dos prejuízos diretos com a pecuária, depois que a operação carne fraca foi anunciada, o Maranhão teve outras perdas. Uma grande exportação de carne, pelo Porto do Itaqui foi adiada. A carne tinha como origem, o estado do Tocantins, mas a exportação traria faturamento também para o Maranhão.
Autoridades do setor defendem que a qualidade da carne tem que ser mantida e que as investigações são necessárias, mas ressaltam que a pecuária maranhense é feita de maneira séria e seguindo os padrões exigidos. “Em vez de fazerem uma operação cirúrgica, pegar os culpados e punir, não. Se joga tudo na grande mídia, se cria um alvoroço danado, onde menos de 0,1% - são mais de cinco mil estabelecimentos frigoríficos, hoje, e apenas 21 estão sob suspeita. O Brasil é o maior exportador de carne e é lógico que a pecuária também fica afetada” afirmou Márcio Honaiser, secretário de Agricultura e Pecuária do Maranhão.
Nos últimos doze meses o desemprego aumentou em todo o Brasil, inclusive no Maranhão. A primeira consequência foi a queda no consumo de alimentos. A queda no consumo de carne bovina chegou a 3% em 2016 se for comparado com o mesmo período de 2015.
Este ano também começou em baixa, segundo o ministério da agricultura. Essa sequência de quedas tem feito os pecuaristas fecharem as porteiras, na hora de pensar em investimentos.
Em 2016, o Maranhão exportou mais vinte mil cabeças de gado para o oriente médio, pelo Porto do Itaqui. Mas, neste ano, até agora, nenhuma exportação de bois vivos foi feita e nem há previsão de quando isso vai acontecer.
Fonte: G1
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