ministro da Educação quer reposição das aulas nas universidades e institutos federais em greve


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior, mas não ordenará aos reitores das universidades e diretores dos institutos que cortem o ponto dos docentes que não retomarem as atividades.
Segundo o ministro, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, recomendou o corte do ponto.“Ele disse que é fundamental que seja feito corte do ponto, mesmo que a greve seja legal e justa, porque não se prestou o serviço”, disse.
Apesar da referência à decisão da Justiça, Mercadante adotou postura conciliatória. “Nós lutamos para que haja esse entendimento para que haja uma política de reposição. É muito importante que os alunos não paguem um preço que já pagaram. A prioridade do Ministério da Educação continua sendo a reposição integral das aulas.”

Conforme Aloizio Mercadante, “não há a menor possibilidade de negociação porque o orçamento da União já foi encaminhado ao Congresso” e que “nem há possibilidade institucional porque nós não podemos negociar nada para o ano que vem que não tenha previsão orçamentária.”
Para Mercadante, os servidores das Ifes receberam “o melhor reajuste de todos os servidores públicos do Brasil, e talvez de todas as categorias.” “Eles vão receber, no mínimo,13% em março do ano que vem, e a média é 16,5%. O que eles vão receber em março é mais que todo o resto do funcionalismo vai receber em três anos. Além disso, eles vão continuar recebendo, no mínimo, 25% até 40% de reajuste.”
Os professores divergem do governo por causa dos critérios de progressão na carreira e querem que os aposentados se beneficiem mais com os reajustes. os professores querem que a progressão seja só por tempo de serviço e que os aposentados progridam na carreira. Os aposentados estão protegidos porque todo o ajuste dado aos professores da ativa será extensivo aos professores aposentados, mas não há progressão da carreira para aposentado em nenhum lugar do mundo e em nenhuma outra profissão no Brasil”, disse o ministro.
Em conversa com os manifestantes, o ministro disse que a proposta dos grevistas traria gastos de R$ 10 bilhões, acima do impacto de R$ 4,1 bilhões projetados pelo governo com o reajuste concedido.

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