Campanha vai usar redes sociais no enfrentamento ao trabalho infantil


Mobilizar a sociedade contra o trabalho infantil e de adolescentes e mostrar como a  prática pode ser reconhecida são os principais objetivos de uma campanha. Idealizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fundação Telefônica Vivo, a campanha É da Nossa Conta! Trabalho Infantil e Adolescente visa a enfrentar o problema, que afeta 3,6 milhões de crianças e adolescentes no Brasil, sendo 1,7 milhão nas regiões Norte e Nordeste.

A ideia é que as pessoas funcionem como multiplicadores de informação e chamem a atenção para a responsabilidade do cidadão. Além de utilizar as redes sociais para “viralizar” a campanha, os organizadores capacitarão 30 adolescentes sobre o assunto, sendo que 15 deles vão distribuir encartes para jovens em  cidades onde a campanha será lançada. 

O projeto tem o apoio do desenhista Mauricio de Sousa, que produziu um gibi no qual seus famosos personagens explicam o que é trabalho infantil e adolescente.

A representante do Unicef, Adriana Alvarenga, destacou que as taxas de trabalho infantil têm reduzido no país, porém em ritmo lento. Dados indicavam 5,3 milhões de crianças e adolescentes trabalhando em 2004, 4,2 milhões em 2009 e os atuais 3,6 milhões. 

Ela defendeu a necessidade de políticas públicas para combater o trabalho infantil, com qualificação e geração de renda para famílias, além de garantir a frequência das crianças na escola.

A gerente de infância e adolescência da Fundação Telefônica Vivo, Patrícia Santin, disse que  a entidade irá divulgar orientações por meio vídeos e canal exclusivo para adolescentes. “A ideia é mobilizar as pessoas para que elas não comprem produtos que tenham sido feitos por crianças.”

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