No nordeste a Vacinação contra aftosa pode ser prorrogada ou suspensa em função da seca


Estados e municípios da Região Nordeste afetados pela seca deste ano poderão decidir se prorrogam ou suspendem a vacinação contra a febre aftosa, a depender das condições do gado. A segunda etapa de intervenção em bovinos e búfalos começa no dia 1º de novembro, com expectativa de imunizar 150 milhões de animais em todo o país. Com a medida anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esse número pode ser reduzido em até 16 milhões de cabeças de gado estimado nos nove estados da região.
Os departamentos veterinários dessas cidades terão que iniciar a vacinação normalmente e, ao longo do processo, se considerarem necessário, podem prorrogar a aplicação das vacinas por 30 dias ou ainda suspender o procedimento. No caso de suspensão, os municípios terão que apresentar uma nova análise da situação até o dia 15 de janeiro para que o ministério reavalie as condições locais.
Lopes garante que a medida não vai prejudicar as metas do governo de alcançar áreas livres da aftosa. A expectativa mantida pelos órgãos sanitários é que a Região Nordeste atinja esse status no ano que vem. A última ocorrência de aftosa na região foi registrada há dez anos.
Técnicos do Mapa que estão na região colhendo sangue dos animais em diversas propriedades asseguram que não há indicativos de vírus em circulação.
O coordenador de aftosa do Mapa explicou ainda que a intenção é amenizar os prejuízos contabilizados pelos produtores nordestinos.
Segundo o diretor de Saúde Animal do ministério, Guilherme Marques, o manejo é o único risco nesses casos. Ele garante que os produtores que decidirem vacinar os animais não precisam se preocupar com os efeitos da imunização.
Marques afirma ainda, que a flexibilização do calendário de vacinação contra aftosa em casos extremos de chuva ou seca excessiva está prevista na legislação brasileira.

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