A aprovação do casamento gay nos estados americanos de Maryland, Maine e Washington, não foi unanimemente comemorada ao redor do planeta. O Vaticano prometeu, não parar de lutar contra as tentativas de “apagar” o papel privilegiado do casamento heterossexual, que descreveu como uma “conquista da civilização”.
O jornal “L’Osservatore Romano”, mídia principal da sede da Igreja Católica Romana tem publicado diariamente editoriais que respaldam a posição da Igreja Católica.
O sermão, transmitido para o mundo todo em cerca de 30 línguas, descreveu os votos como míopes. “Por que não, então, (legalizar) a poligamia e a poliandria (quando a mulher tem mais de um marido)?”, chegou a questionar o porta-voz.
A Igreja Católica defende que a homossexualidade não é um pecado, mas atos homossexuais, sim. Declara também, oficialmente, que os direitos dos gays devem ser reconhecidos, mas as uniões não devem ter o mesmo valor das heterossexuais nem permitir que adotem crianças.
O L’Osservatore Romano desejou, em editorial, uma “discussão mais aprofundada” que possa ir contra a “evolução antropológica” que anuncia a legalização do casamento homossexual, associado a uma possibilidade de adoção.
É a primeira vez, nos Estados Unidos, que os direitos matrimoniais são estendidos a casais do mesmo sexo por voto popular, embora alguns estados já permitissem anteriormente a prática. A expectativa é que o debate sobre a constitucionalidade da restrição de casamentos a uniões entre homens e mulheres chegue à Suprema Corte dos Estados Unidos em breve. A Conferência de Bispos Católicos dos EUA promete liderar os esforços para influenciar a decisão da Justiça.
As vitórias da causa gay em estados americanos, porém, não são a única preocupação da Igreja Católica. O governo francês enviou, na semana passada, um projeto de lei que legaliza a união entre homossexuais para ser debatido entre o Conselho de Ministros do país, uma antiga promessa de campanha do presidente François Hollande. Dias antes, a Corte Constitucional da Espanha, tribunal máximo do país, rechaçou um apelo contra a legislação que permite o casamento de pessoas do mesmo sexo.
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