SANTA MARIA - RS: Polícia faz reconstituição do incêndio na Boate Kiss


A Polícia Civil fez na tarde desta quarta-feira, uma reconstituição do incêndio da Boate Kiss, ocorrido na madrugada do ultimo domingo (27). Testemunhas indicaram aos policiais o local exato onde o fogo começou, no teto sobre o palco onde estava o vocalista da banda, e relataram que o extintor de incêndio usado por um dos músicos não funcionou.

Além da reconstituição, também foram ouvidas 14 pessoas pela polícia. Os depoimentos mostraram que a fumaça preta tomou toda a boate no prazo de 40 segundos a um minuto, impedindo as pessoas de enxergarem.

Os funcionários que prestaram depoimento disseram ainda que nunca receberam nenhum tipo de treinamento contra incêndio, e que na noite da tragédia foram preparadas mil comandas para o público, acima da capacidade da casa, de 691 pessoas. No entanto, ainda não se sabe se todas foram usadas.

Um dos funcionários disse que ele próprio instalou a espuma isolante no local, utilizada como proteção acústica desde meados de 2012.  Há indícios, segundo a polícia, de que o material usado não era adequado e durante a queima produziu gases tóxicos, que provocaram as mortes. Segundo as investigações, ainda não há comprovação de que as autoridades tenham sido avisadas da instalação do produto.

O advogado Jader Marques, que representa Elissandro Callegaro Spohr, um dos sócios da Boate Kiss, disse que o cliente contou com a assessoria de especialistas para comprar a espuma. Ele não informou, no entanto, os nomes dos profissionais e nem se a boate comunicou à prefeitura ou aos bombeiros a instalação do produto.

De acordo com o delegado, existem indícios de que a casa noturna estava com público acima do permitido. Em entrevista, o secretário de saúde da cidade informou que foram feitos 500 atendimentos (nos hospitais) no dia da tragédia.

Reconstituição da tragédia em santa maria - RS:




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