O estudo mostra que 9,8% dos estudantes no Brasil chegaram ao nível quatro de escrita, com capacidade de escrever textos e seguir regras gramaticais. Em alguns estados o índice é mais crítico: Bahia e Maranhão não passaram de 1%.
Os alunos também mostraram dificuldades para lidar com a matemática. O teste mediu que 24% dos estudantes não conseguem escrever números por extenso ou dar nome a formas geométricas.
Estados no Nordeste e Norte apresentaram desempenho pior em relação ao restante do país. No quesito escrita, por exemplo, Santa Catarina apresenta 22 vezes mais estudantes aptos que o Maranhão.
Segundo Ricardo Falzetti, diretor de conteúdo da ONG Todos pela Educação, os números mostram que o futuro das crianças brasileiras está comprometido. “Com tantos alunos sem domínio da língua portuguesa e matemática nesse período de estudo, nos anos seguintes eles não conseguirão acompanhar o conteúdo”, explica Falzetti. A sequência de notas baixas, segundo ele, é um dos principais fatores para a evasão escolar.
Histórico
A ANA ocorreu nos últimos dois anos. O Ministério da Educação (MEC) cancelou a realização da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) para este ano. O corte de gastos foi o principal motivo.
A avaliação foi criada com o Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2012. A decisão interrompe a série de provas iniciada em 2013. No ano passado, o exame custou R$ 150 milhões aos cofres públicos.
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