Protesto: israelenses ateiam fogo ao próprio corpo e preocupam governo


Em menos de dez dias, Israel já conta com sete casos de autoimolações no país. Ativistas sociais dizem que as desigualdades e a vulnerabilidade econômica são as causas por trás das investidas suicidas.
As últimas tentativas de imolação aconteceram esta semana, quando a polícia e agentes de segurança impediram que duas pessoas colocassem fogo em seus corpos.
Protestos são organizados via redes sociais
Um senhor de 60 anos se encharcou com líquidos inflamáveis perto da estação policial de Ofakin (no sul de Israel). Alguns agentes perceberam sua intenção e impediram que ele se incendiasse. Ele foi levado ao hospital para uma avaliação psicológica e entregue a autoridades locais.
Horas mais tarde, outro homem de 47 anos tentou se imolar com o mesmo método em Netivot, também no sul do país, segundo o jornal “Yediot Aharonot”. Ele foi entregue à polícia.
Protestos
Manifestantes tentam apagar o fogo do corpo de Moshe Silman, que se imolou em um protesto
O primeiro caso da série foi registrado no dia 14 de julho, no protesto pelo primeiro aniversário do movimento local de indignados, em Tel Aviv. Há um ano, mais de 10 mil pessoas saíram às ruas de Israel contra o alto custo de vida e a escassez de empregos e moradia.
Nessa ocasião, Moshe Silman, 57, que era empresário e estava desempregado, se imolou provocando queimaduras de segundo e terceiro grau em 95% de seu corpo.
Morador de Haifa, Silman estava à beira da indigência. “O Estado de Israel me roubou. E me deixou desamparado”, escreveu Silman em uma carta que deixou no local da imolação.

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