O estudo ainda mostrou que, por outro lado, a maioria das pessoas — ou 1,6 milhão de indivíduos — que adota uma dieta sem glúten não recebeu diagnóstico da doença celíaca. Para o gastroenterologista da Clínica Mayo e coordenador desse trabalho, Joseph Murray, apenas achar que possui doença celíaca não é o suficiente para que uma pessoa elimine a proteína de sua dieta. “É importante que um indivíduo que acredite ter a condição faça exames que confirmem o problema antes de adotar uma alimentação sem glúten”, diz.
Nessa pesquisa, os autores do levaram em consideração as respostas de questionários e os resultados de exames de sangue feitos em 7.798 americanos maiores do que seis anos de idade. Todos estavam inscritos no Observatório Nacional de Saúde e Nutrição do país em 2010. Os autores mostraram que a prevalência da doença celíaca nos Estados Unidos é de um em cada 140 indivíduos — a mesma encontrada em países da Europa.
Mortalidade infantil
O primeiro levantamento global sobre a doença celíaca, publicado no periódico PLoS One, em julho do ano passado, mostrou que 42 mil crianças morrem todos os anos no mundo vítimas da condição, e que os principais óbitos ocorrem em países asiáticos e africanos. A pesquisa ainda indicou que, em 2010, cerca de 2,2 milhões de crianças menores de cinco anos de idade viviam com a doença, e que, em 2008, as mortes relacionadas à patologia foram responsáveis por aproximadamente 4% de toda a mortalidade infantil por diarreia.
Há poucos dados sobre a doença celíaca entre os brasileiros, já que faltam levantamentos nacionais. Dados de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, realizada em 2007, apontam que um a cada 214 brasileiros tem a doença.
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