
O estudo constatou que os casos mais comuns têm como vítimas pessoas na faixa etária entre 5 a 11 anos com prevalência para o sexo feminino, e, na maioria das vezes, os autores são pessoas da própria família.
Pela ordem definida no relatório, os abusadores são: vizinho (6), padrasto (4), tio (2), irmão (2), conhecido da vítima (2), desconhecido (1) e até a própria criança (2).
O número de casos de violência contra crianças e adolescentes nos primeiros três meses deste ano também aumentou na comparação com o ano anterior. As mais comuns foram a violência psicológica (9), maus-tratos (3), outros casos (5), além do próprio caso de exploração (5), que totalizaram 42 registros.
Entre os dados chamam a atenção das autoridades o perfil dos agressores nos casos de negligência, violência física e psicológica e maus-tratos. A mãe e o pai ou companheiro da mãe e até os irmãos figuram como os maiores agressores.
Embora várias manifestações de autoridades e de conselheiros sobre a necessidade de criação de mais um conselho tenham sido feitas, atualmente apenas dois atendem o município: o da área 1 - localizado na Rua Godofredo Viana, ao lado da Prefeitura - e o da área II - que fica na Avenida Babaçulândia, sentido Imperatriz-João Lisboa.
Cada um deles dispõe de cinco conselheiros efetivos, um carro e telefone celular para receber as denúncias e funciona em regime de plantão 24 horas.
Bairros
No ranking de bairros, o Bacuri lidera, com sete casos atendidos. Compõem a lista ainda os bairros: Nova Imperatriz (4), Parque Santa Lúcia (4), Parque Alvorada (3), Parque Alvorada II (3), Vila JK (3), Vila Nova (3), Vila Lobão (2), Jardim Sumaré (2), Santa Rita (2), Centro (2), São José (2), Parque das Estrelas (1), Santa Inês (1), Bar do Barão (1), Ouro Verde (1) e sem endereço (1).
Os casos de abuso sexual contra criança geralmente ocorrem, com maior frequência, até os 8 anos. No estudo do Creas consta que, dos 19 casos de abuso registrados de janeiro a março deste ano, em seis, as vítimas tinham entre 5 a 8 anos. De 9 a 11 anos foram registrados sete casos e na idade de 2 a 4 anos foram três.
Os dados do relatório de trabalho foram usados como base nas discussões durante a programação da Semana de Combate ao Abuso e Violência Sexual Contra Criança e Adolescente promovida pelo Creas, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Vara da Infância e da Juventude e Ministério Público. O evento será encerrado hoje com ato público na Praça de Fátima, Centro.
Desde o início da programação na última segunda-feira, foram realizadas palestras, reuniões, distribuição de material informativo, além de uma audiência pública ontem na Câmara de Vereadores.
A conselheira tutelar Florismar Sousa reafirmou que, independentemente do fim da semana, a meta continuará sendo a de alertar a sociedade para denunciar casos de abuso sexual ou qualquer outro tipo de violência contra crianças e adolescentes. Durante esta semana, o público-alvo foi professor e estudante de escolas da cidade.
O conselheiro tutelar Francisco Gomes disse que o aumento do número de denúncias significa que a sociedade está denunciando mais porque tem a garantia do anonimato.
Mais
Disk-100
Ao primeiro sinal suspeito de abuso sexual ou outro tipo de violência contra criança e adolescente a população pode ligar para os telefones dos Conselhos Tutelares das áreas I e II que são (99) e 9131-8336 e 8841-3015 e ainda o disck-100.
Pedidos

Exame
De posse do BO o conselheiro recebe uma guia para o exame de conjunção carnal e leva o documento junto com a vítima até o IML. Caso o exame comprove o abuso o próprio IML faz a comunicação à Polícia. O conselheiro também comunica o caso ao Ministério Público e à Delegacia de Polícia onde o BO foi registrado para quem envia o relatório completo.
Números
7 é o número de casos registrados de violência contra crianças e adolescentes no Bacuri.
9 casos de violência psicológica foram registrados em conselhos tutelares de Imperatriz.
6 registros de abuso sexual praticados por vizinhos foram detectados pelo Creas
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