Professores da UFMA entram em greve na próxima semana

Professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) decidiram, em assembleia geral, aderir à greve nacional da categoria, por tempo indeterminado, organizada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Os docentes paralisarão as atividades a partir desta segunda-feira (21).
Em comunicado dirigido à comunidade acadêmica, a Associação dos Professores da UFMA (Apruma) informou sobre a adesão dos docentes da instituição ao movimento grevista. No informe, a entidade também ressalta que eventuais atividades que sejam consideradas essenciais deverão ser assim entendidas e negociadas entre a UFMA e o comando local de greve, considerando suas especificidades.
Tendo como referência a pauta da Campanha 2012 dos professores federais, aprovada no 31º Congresso do Sindicato Nacional e já protocolada junto aos órgãos do governo desde fevereiro, os docentes reivindicam a reestruturação da carreira, prevista no acordo firmado em 2011 e descumprido pelo Governo Federal.
Reivindicações
A categoria pleiteia carreira única, com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também querem a valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas universidades e institutos federais e atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, a partir das pautas elaboradas localmente. A Apruma observa que estas são reivindicações históricas da categoria e que a reestruturação da carreira vem sendo discutida desde o segundo semestre de 2010 sem registrar avanços efetivos.
O acordo emergencial firmado entre o Sindicato Nacional e o governo no ano passado estipulava o prazo de 31 de março para a conclusão dos trabalhos do grupo, constituído entre as partes e demais entidades do setor da educação para a reestruturação da carreira.
A Apruma diz que por diversas vezes o Andes cobrou do governo uma mudança na postura e tratamento dado aos docentes, exigindo agilidade no calendário de negociação, o que não ocorreu. A precariedade nas Instituições Federais, em diversas partes do país, principalmente nos campi criados com a expansão via Reuni, também vem sendo denunciada pelo sindicato nacional.

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