A venda dos lotes 1E0712 da mortadela da marca Estrela e 300437 do milho verde em conserva da marca Quero foi proibida por secretarias de saúde em alguns estados do pais. A Vigilância Sanitária encaminhou os produtos para análise no Instituto Adolf Lutz, para averiguar se eles estão contaminados com a bactéria Clostridium botulinum, que causa o botulismo.
No último domingo, quatro pessoas da mesma família foram internados em Santa Fé do Sul (SP), na região de São José do Rio Preto, com suspeita de botulismo, apresentando diarreia, vômito, dificuldade para andar e visão dupla. Foi necessária uma grande operação, com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar (PM), para levar, da capital até Santa Fé do Sul, o soro de combate à intoxicação. Todos continuam internados e o estado de saúde é estável.
A bactéria que causa o botulismo, que normalmente está no solo, também pode ser encontrada em alimentos mal conservados, principalmente nos enlatados e embutidos. O último registro da doença foi em 2009. Desde o ano de 1997, quando a doença passou a ser de notificação compulsória, o foram registrados 22 casos com cinco mortes.
A interdição dos lotes vale, pelo menos, até a conclusão das análises das amostras dos produtos recolhidas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz. A Secretaria de Saúde orienta as pessoas a não consumir alimentos enlatados cujas embalagens estejam danificadas. Também aconselha a ferver os alimentos industrializados por pelo menos cinco minutos, antes de consumir.
Procurada pela imprensa, a fabricante da mortadela, a Alimentos Estrela, disse, por meio do presidente do seu conselho, que não há possibilidade de o produto ter saído da linha de produção contaminado.
Ele ressaltou ainda que já foi feita uma análise interna e o resultado para o botulismo foi negativo. Mesmo assim, a empresa realizou o recall do lote da mortadela.
Nenhuma empresa de comunicação, conseguiu contato com a fabricante do milho verde Quero.
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