Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve na próxima terça-feira


Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realizam na próxima segunda-feira dia (10), assembleias estaduais para avaliar a proposta de uma greve nacional da categoria por tempo indeterminado.
Se for aprovada pelas assembleias, a paralisação começa na madrugada de terça-feira (11). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), uma eventual greve irá interromper todos os setores de triagem e distribuição de encomendas e cartas.
A diretoria da empresa ofereceu um reajuste salarial de 3%. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7%.
A Fentect pede ainda a negociação de R$ 200 de aumento linear, piso salarial de R$ 2,5 mil e vale-refeição de R$ 35 por dia, contratações por concurso público, fim das horas extras e da terceirização são outros itens da pauta de reivindicações.
Procurado pela imprensa, o Ministério das Comunicações informou que não irá se manifestar sobre o assunto. Já a assessoria de imprensa da ECT disse que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, tiveram uma reunião com dirigentes de quatro sindicatos dissidentes da Fentect.
Os quatro sindicatos, que se desfiliaram da federação, representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Tocantins e de Bauru (SP). Essas entidades reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real, reajuste linear de R$ 100 e vale-refeição de R$ 28 por dia.
Duas novas reuniões de negociação estão marcadas para esta quarta-feira, uma com os sindicatos dissidentes e outra com a Fentect. O dirigente do Sintcom-PR diz que a estratégia da direção da empresa teria o objetivo de tentar dividir os trabalhadores.
Os Correios informaram, por meio de sua assessoria de imprensa, que, desde o começo de julho, a empresa fez 12 reuniões de negociação com a federação. "Neste período, a empresa recebeu solicitação dos sindicatos de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru, que se desfiliaram da Fentect, para negociar e aceitou devido à representatividade dessas entidades que, juntas, representam 40 mil dos 120 mil trabalhadores", declarou em nota.
A direção dos Correios disse ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real. O salário-base pago pela empresa, que era R$ 395,94 em 2003, e passou para R$ 942,75 em 2011.

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