
Foram retirados da proposta original do PLP, por exemplo, os tópicos que tratavam do congelamento de aumentos salariais aos servidores por dois anos, proibição de novos concursos públicos e a elevação das alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores.
Para o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, o texto original comprometia o orçamento do Ministério Público brasileiro e do sistema de Justiça do país. "Se fosse aprovada a proposta, o trabalho de instituições que fiscalizam os recursos públicos e atuam no combate à corrupção seria duramente afetado, pois teriam suas estruturas fragilizadas, inviabilizando o seu funcionamento", opinou.
MOBILIZAÇÃO
Desde o anúncio de que o projeto seria votado pela Câmara, em caráter de urgência, no início de agosto, o procurador-geral, juntamente com as entidades classistas dos servidores e membros do Ministério Público e também dirigentes de outras instituições, buscou promover o diálogo pelo fortalecimento do setor público e contra o PLP 257.
No período, o chefe do MPMA esteve em Brasília algumas vezes para apoiar as mobilizações do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG), da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e demais entidades integrantes da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).
No dia 1º de agosto, foi promovido, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, um debate com a participação de membros e servidores do Ministério Público, Judiciário, Defensoria Pública do Estado, Tribunal de Contas do Estado e Assembleia Legislativa sobre os prejuízos do PLP 257 para o serviço público. O evento contou com as presenças dos deputados federais maranhenses Rubens Pereira Júnior (PCdoB), João Castelo (PSDB) e José Reinaldo Tavares (PSB). O deputado Zé Carlos (PT) enviou mensagem com manifestação contrária ao projeto. Na oportunidade, autoridades presentes, representantes sindicais e as entidades classistas assinaram um documento que foi encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados e aos parlamentares da bancada maranhense.
No dia 5, membros e servidores mobilizaram-se no prédio da Procuradoria Geral de Justiça sobre a temática. Ao final, foi produzida uma foto em que portavam material de campanha publicitária contra o projeto de lei.
No dia 8, o procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, e o presidente da Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem), Tarcísio Bonfim, participaram em Brasília de um ato em defesa da independência e da valorização da Magistratura e do Ministério Público, organizado pela Frentas. Os participantes foram ao Congresso Nacional e tiveram uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.
Fonte: CCOM-MPMA
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