NOTÍCIA MAIS CORRUPÇÃO: Odebrecht pede desculpas por envolvimento em escândalo de corrupção

Resultado de imagem para odebrechtO grupo Odebrecht divulgou um comunicado em que pede desculpas ao País por ter participado, nos últimos anos, de práticas "impróprias". 

Os acionistas, executivos e ex-executivos do grupo, 77 pessoas ao todo, começaram a assinar o acordo de delação premiada se comprometendo a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato. O conglomerado também fechou um acordo de leniência, no valor de R$ 6,8 bilhões, que será pago em 23 anos, para poder assinar novos contratos de obras públicas. Em carta aberta, a Odebrecht reconhece que pagou propina. "Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público", diz um dos trechos desse comunicado.

A companhia se comprometeu a adotar princípios "éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados" daqui para frente, não tolerando a corrupção por meio de extorsão e suborno.

Reestruturação e confiança dos investidores

A delação é apenas o primeiro desafio para a Odebrecht . Agora, a empresa terá que provar aos seus credores, clientes e sócios que seu programa anticorrupção será rígido e à prova de fraudes. Terá que convencer bancos e investidores que mudou, para conseguir os financiamentos que ainda necessita para, no mínimo, manter o nível de atividade que tem atualmente.

Nas mudanças internas, vai investir no departamento de compliance que tem à frente a diretora Olga Mello Pontes, que já prestou serviço a Braskem, braço petroquímico e maior empresa do grupo.

"O acordo de leniência dará mais segurança, sem dúvida, mas a empresa enfrentará ainda problemas de geração de back log (carteira de projetos) no Brasil e no exterior", diz um importante representante de credores da empresa. "Os pagamentos na compra de alguns ativos só vão acontecer mediante o atendimento de uma série de condições por parte da empresa que vão além do acordo de leniência".

Dívidas e pendências

O grupo tem uma dívida bruta de R$ 110 bilhões e algumas empresas passam por dificuldades para honrar pagamentos.

Um dos principais casos é o da Odebrecht Óleo e Gás que está renegociando US$ 3 bilhões em dívidas, mas que depende de uma negociação que trava com a Petrobras para manter contratos de seis sondas. A empresa de Transportes também passa por dificuldades, principalmente para conseguir tocar obras de concessões de rodovias que ganhou nos últimos anos.

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