Uma operação da Polícia Federal (PF), intitulada DirtyNet, foi desencadeada esta semana com o objetivo de desarticular uma quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil na internet. 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão serão cumpridos nos Estados do Maranhão, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.
Duas pessoas já foram presas no Maranhão e quatro, no Rio Grande do Sul, nos municípios de Esteio, Santa Maria e Porto Alegre.
Policiais Federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão - um no bairro Planalto Vinhais II e outro no bairro Apeadouro, em São Luís. Ao chegarem nos endereços e procederem às buscas, os policiais encontraram mídias (DVDs, pendrives e HDs) contendo imagens de pornografia infantil, o que resultou na prisão em flagrante de L.A.A.C, de 23 anos, e F.L.D.C.B, de 31 anos. Eles foram autuados pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e Adolescente (posse de material pornográfico infantil), com pena de 1 a 4 anos de reclusão. Responderão, também, pelo crime do artigo 241-A do ECA (troca e distribuição de material pornográfico infantil pela internet), com pena de 3 a 6 anos, em razão de terem compartilhado o material pornográfico pela internet, conduta esta que justificou a expedição dos mandados de busca e apreensão em suas residências. Eles serão encaminhados ao complexo penitenciário de Pedrinhas, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Segundo a PF, há seis meses as redes privadas de compartilhamento de arquivos são monitoradas. Os arquivos divulgados contêm cenas de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de imagens, a PF também identificou na investigação relatos de outros crimes contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
O material de pornografia infantil era compartilhado, ainda, com outros usuários em mais 34 países, entre eles: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
A PF já comunicou por meio da Interpol os países envolvidos para que os seja dado prosseguimento as investigações.
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